terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O mito do Panga

O peixe vietnamita (Pangasius hypophthalmus) vendido pela empresa Leardini como "Panga" no Brasil, vem recebendo por parte de parcela da sociedade brasileira ataques que se mostram infundados. O peixe, que é saboroso, tem carne macia e filé sem espinhas é exportado pelo Vietnã para mais de 140 países. Grande parte dos seus compradores são países europeus e a América do Norte, os quais já fizeram inúmeras incursões para se certificar quanto às condições higiênicas, assim como às questões trabalhistas da produção. Além de suas características favoráveis à culinária, é importante destacar a importância que o valor de venda apresenta em toda essa estória.  o Panga chega aos mercados varejistas Ao preço de R$ 8,99/Kg , como em Chapecó (SC) em novembro de 2011, e deve ser por isso que tem incomodado produtores nacionais de peixes similares. Porém, é interessante ressaltar que se o Panga está sendo vendido a este preço é porque seu custo de produção é baixo. E isto nos remete a concluir que o nosso peixe ou tem uma margem de lucro alta demais ou que somos ainda ineficazes na produção e escolha dos peixes que criamos.
O chefe da "Divisão de Inspeção de Pescados e Derivados" do MAPA Lúcio Kikuchi garantiu que  do ponto de vista sanitário, a Portaria 183 e a Resolução 001, ambas de 1998, que estabelecem o reconhecimento do sistema de inspeções entre países, foram totalmente atendidas pelo Vietnã. Portanto, não existem motivos para tentar impedir a entrada do Panga que por sua vez entra em forma de filé, ou seja, eviscerado, condição esta que garante ausência de riscos quanto a doenças presentes em animais aquáticos, segundo o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Há quem diga que temos espécies nativas interessantes economicamente. Mas até agora não atingimos padrões de produtividade internacionais. A introdução controlada de espécies exóticas seria a solução?